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iPAD NOVO PRODUTO DA Apple

Em uma aparente resposta ao buum dos livros electrónicos e dos chamados netbooks, a Apple apresentou hoje na Califórnia o aguardado iPad, um aparelho que está entre o iPhone e os computadores Mac.

"Há espaço para um produto entre o iPhone e o computador portátil, e a solução não é um netbook", afirmou Steve Jobs, executivo-chefe da Apple, diante das dezenas de jornalistas que foram ao evento em San Francisco

A solução da Apple se chama iPad e tem o aspecto de um iPhone grande com funções de computador. Com apenas 700 gramas de peso e 1,2 centímetro de espessura, o iPad conta com uma avançada tela tátil de 9,7 polegadas, conexão Wifi e uma bateria de dez horas de duração.

"A última tábua que gerou uma expectativa semelhante levava os dez mandamentos gravados nela", brincava recentemente o diário americano "The Wall Street Journal".


E o jornal tinha razão. Rumores sobre o iPad circulavam há meses na imprensa e acredita-se que Steve Jobs tenha se envolvido pessoalmente no desenvolvimento do aparelho, mesmo na época em que teve que passar por um transplante de fígado.

O nome, no entanto, ninguém acertou. Especialistas asseguravam que se chamaria Tablet, iTablet ou iSlate, e a escolha de iPad gerou mais discussões.

O iPad oferece funções interessantes e infinitas possibilidades de negócio para a Apple, que pode arrecadar entre US$ 2,8 e 3,5 bilhões com vendas, segundo previsões de analistas.

Com ele, a Apple aposta oficialmente nos dispositivos electrónicos móveis, com os quais já gera a maior parte de sua receita. "A Apple é a maior companhia mundial de aparelhos móveis", anunciou hoje Jobs, um dos fundadores da empresa na década de 70 e responsável pelo desenvolvimento do Mac.


O iPad permite navegar na internet, escutar e baixar música, ver filmes e jogar videogames. Além disso, inclui um teclado virtual de tamanho quase real, o que o torna uma excelente ferramenta para trabalhar com e-mail.

Mas a grande jogada para a Apple são as três lojas na internet que possui integradas: iTunes, a loja de aplicativos do iPhone e a nova iBooks.

No iTunes, os usuários poderão baixar músicas, filmes, podcasts e séries de televisão como fazem até agora em seus IPods ou computadores. A tela do iPad permite ver os conteúdos com uma grande qualidade e se assemelha a ter um televisor de alta definição nas mãos, só que menor.

A loja de aplicativos do iPhone, na qual já há nada menos que 140 mil programas, também está disponível no iPad.

A ideia, no entanto, é que os programadores adaptem esses aplicativos às características específicas do iPad e, sobretudo, achem novos especialmente feitos para o aparelho recém-lançado.

Como ocorreu com o iPhone, fica aberto assim um mundo de possibilidades e oportunidades de negócio para a Apple, que actualmente tem 30% da receita derivada dos aplicativos para telefone.


Mas o iPad quer ser algo mais e pretende se aproveitar do cada vez mais atraente mercado de livros electrónicos.

O novo computador tablet inclui um aplicativo chamado iBooks para download legal de livros, que, segundo a demonstração de hoje, oferece uma qualidade de leitura superior à de outros leitores electrónicos actualmente no mercado.

"Assinamos acordos com cinco grandes grupos editoriais", explicou Jobs, que assinalou que a ideia é incluir o mais rapidamente possível muitos mais. "Estou também muito emocionado com a possibilidade de abrir no iBooks os livros ", acrescentou.

Uma das principais surpresas da apresentação foi o preço do iPad, que os analistas tinham antecipado que rondaria ao 1000 euros


O aparelho de 16 GB custará 352 euros; o de 32 GB 423 euros e o de 64 GB 493. Os preços aumentam 91 euros se o aparelho for adquirido com, além de Wi-Fi, conexão 3G.

Os que já queiram comprar o iPad terão, no entanto, que esperar dois meses, três se quiserem a versão 3G. Fora dos Estados Unidos a espera será ainda mais longa, pois a Apple está negociando com as operadoras telefónicas o acesso à internet e não espera conseguir acordos até o meio do ano.





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